Se eu enjoasse a andar de barco, por esta altura já tinha vomitado o pequeno almoço de 2006!
Ora ele é lama e terra na RTP1.
Ora ele é mortos e feridos na SIC.
Ora ele é desalojados e outras coisas que não consigo identificar na TVI.
Até na Cabo, se tentar fugir por aí, tenho de mam...ver o raio da Madeira.
Nunca me dei ao trabalho de apanhar um avião e ir visitar aquilo, mas sinto que já a conheço, por dentro e por fora. Literalmente!
Ainda bem que os dias de luto já estão a acabar, porque senão tinham de cavar mais um buraco para me enterrar.
Este motor podia ser o meu. Bastava estar coberto de terra, lama e óleo que era tal e qual!
Dei inicio à aventura já há muito aguardada.
O motor aos poucos foi perdendo porcaria e ganhando forma.
Alguns parafusos mais teimosos conseguiram ser removidos (ainda que a toque de serra de ferro e martelo) e espero conseguir, nos próximos dias, voltar a fechar o motor. (e que funcione)
Este motor não é o meu, porque o meu vai ser mais espectacular!
E este é o último post sobre o Haiti.
Desengane-se quem achar que este carimbo tem alguma coisa a ver com aquelas festas em que se carimba uma mão ou um braço e se pode entrar ou sair quando nos dá na gana.
Esta festa foi... errr... diferente. Uma coisa pequena, praticamente só para quem estava...
Cinco ou seis da manhã, gente bebe... alcoolicamente bem disposta... dono do bar idem, e a possibilidade de andar a passear atrás do balcão. O mais provável seria deitar-se a mão a tudo o que é bebida para despachar para os que ainda estavam de pé, ora por estarem encostados ao balcão, ora por terem ido vomitar.
O que aconteceu não foi bem isso. Aliás, isso também aconteceu mas o inesperado foi agarrar-se no carimbo e bater com ele em todos os bocadinhos de pele que por lá pululavam.
Posso avançar que as parecenças com os filmes do Rambo eram bastantes. Houve sangue, suor, lágrimas e tinta preta por todo o lado.
Inventamos a nova moda das festas nocturnas e tenho a impressão que o dono do bar qualquer dia não nos deixa por lá os pés.
E por falar em pés, o tecto também ficou carimbado... com a sola de sapatos.
Hoje de manhã, na caderneta de cromos falou-se dos Jogos sem Fronteiras.
A mente teletransportou-se imediatamente para os anos dourados da minha infância.
Hoje, talvez, não fizesse sentido ver senhores mascarados de bebés gigantes, avestruzes, barcos, etc, a cair dentro de água de 5 em 5 segundos mas, na altura, era o sonho de qualquer petiz, um dia poder vir a participar naqueles jogos.
Mal o Verão começava, já era tradição. A malta lá da rua sentava-se toda muito sossegadinha a ouvir os comentários do apresentador mais fofinho da altura, Eládio Clímaco. Viamos aquelas pessoas, que para nós eram verdadeiros heróis, a correr que nem desalmados para levar esponjas ensopadas de um lado ao outro de uma gincana, de olhos vendados, sendo agredidos pelos adversários, enquanto, ao mesmo tempo, os colegas gritavam as direcções para as quais tinham de ir.
Aquela ode à competição, à amizade, e principalmente, à parvoíce, fazia as delicias de toda a gente.
Guido Pancaldi e o Gennaro Olivieri, os árbitros mais correctos da história da arbitragem, davam o inicio de todas as provas com o - Atention, Pré, Piiiii - e falavam a lingua de todos os paises participantes. Mal, mas falavam.
No fim das duas horas de espectáculo, iniciava-se outro.
Tudo para a espreguiçadeira e rede de balanço, simular que estava a participar numa das melhores provas jamais inventada.
Era até alguém se magoar a sério ou, na melhor das hipoteses, ser hora de ir para a cama.
Hoje em dia, talvez, não faça sentido ter um programa daqueles, mas na altura, foi o melhor que podiam ter arranjado.
Obrigadinho, Charles de Gaulle.
Ontem houve um sismo lá para os lados da América Central. Hoje e durante os próximos dias vai ser capa de jornal e andar na boca do mundo.
É motivo para ter pena das pessoas que passaram por ele e pelos muitos que vão sofrer daqui para a frente mas, acima de tudo, é altura para pensar no porquê desta catástrofe.
Será que tudo o que temos feito ao nosso planeta não está por detrás desta brincadeira?
E o facto de tentarmos colonizar todos os bocadinhos de terra possiveis e imaginários?
Antes demais... Se as pessoas não se tivessem ido meter naquela ilhota, que tem um historial de catástrofes que já data da era dos dinossauros, talvez não tivessem ido desta para melhor.
O nosso calhau é enorme e é magoado todos os dias mas dele ninguém tem pena.
Vamos lá pessoal. É uma enorme catástrofe e temos todos pena das pessoas que por lá andam, mas não vamos deixar passar mais um aviso em branco.
Afinal... as pedras também sentem!
Alguém sabe quanto tempo depois do sismo na Tailândia é que apareceram as primeiras piadas?
É que não quero quebrar o timing dos acontecimentos deste novo sismo "global".
Aliás, ainda nem tenho nenhuma piada preparada mas conhecendo-me, o mais provável é, assim que acordar sair algum disparate.
O que não vale ter um café onde a televisão tem prioridade sobre todos os clientes. Sempre na TVI e sempre com o volume de tal modo que os trabalhadores do martelo pneumático da obra em frente possam ouvir as noticias enquanto trabalham.
Ao que parece a Austrália sofre a maior onda de calor dos últimos 100 anos. Isto não é de admirar já que o nosso calor tinha de fugir para algum lado.
O meu carro, inteligente como é e contendo peças que figuravam no KITT, resolveu mandar o termometro como enviado especial para a terra dos kangurus.
É a explicação que encontro para ele andar a marcar 32ºC.
Isso ou ter dado o berro.
Vamos acreditar que é a primeira opção e que lá para a Primavera já está tudo bem...
Porque é que pessoas que eu tinha como inteligentes de repente me mandam emails daqueles que todos nós sabemos que não servem para nada e pouco mais ou menos vão acabar com a fome em África?
Ora são centimos para a menina queimada que, por esta altura e a existir, já deve ter uns 30 anos e se de facto recebesse dinheiro, podia bem chamar-se lili caneças. Ora são emails daqueles bem bonitos que se não forem reenviados a 83475687345 pessoas num segundo fazem com que a estação espacial nos acerte em cheio na nuca. Ao que parece o que está na moda agora é dizer que os bancos vão dar dinheiro ou as operadoras de comunicações móveis telemóveis. Como se por mero acaso alguém desse alguma coisa a alguém...
E depois ainda me vêm com a bela da desculpa «Epá, não sejas assim, não se perde nada em tentar...».
Para começar não sou um Epá e nem sequer é gelado que eu aprecie e depois se eu tentar mandar-te um enxerto de porrada também não perco nada e pode ser que comeces a usar a cabeça para pensar.
Como sou educado, depois de três cabeçadas e uns pontapés à mistura, costumo explicar que esse tipo de emails só serve para criar mailing lists.
Ainda estou para descobrir porque é que em vez de me ouvirem pedem para chamar o 112...
¿ Merdeira
¿ Haiti
¿ Enviado especial - Termom...